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Poliomielite: sintomas, causas, vacina e sequelas

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O que é poliomielite?

A Poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas e provocar ou não paralisia. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.

A doença permanece endêmica em três países: Afeganistão, Nigéria e Paquistão, com registro de 12 casos. Nenhum confirmado nas Américas. Como resultado da intensificação da vacinação, no Brasil não há circulação de poliovírus selvagem (da poliomielite) desde 1990.

 

Sintomas

A poliomielite pode causar paralisia e até mesmo a morte, mas a maioria das pessoas infectadas não fica doente e não manifesta sintomas, deixando a doença passar despercebida.
A maior parte dos casos apresenta o tipo não-paralítico da doença, em que a pessoa não manifesta nenhum sintoma. Quando os sintomas surgem são brandos, e podem ser facilmente confundidos com uma gripe.  Os sinais e sintomas, que costumam durar de um a dez dias, são: Febre

  • Dor na garganta e na cabeça
  • Vômitos
  • Mal-estar
  • Dor nas costas ou rigidez muscular (principalmente nos membros inferiores)
  • Meningite

Em casos mais graves, a infecção pelo poliovírus leva à poliomielite paralítica. Alguns dos sinais são os mesmos da poliomielite não-paralítica, como febre, dor de cabeça e vômito. Entretanto, ela evolui para fortes dores musculares e flacidez nos membros, muitas vezes pior em um dos lados do corpo e em maior incidência nos membros inferiores.

 

Prevenção

A vacinação é a única forma de prevenção da Poliomielite. Todas as crianças menores de cinco anos de idade devem ser vacinadas conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual.

Desde 2016, o esquema vacinal contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável – VIP (2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente– VOP (gotinha).

A mudança está de acordo com a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e faz parte do processo de erradicação mundial da pólio.

 

Causas e Sequelas

A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus.

As sequelas da poliomielite estão relacionadas com a infecção da medula e do cérebro pelo poliovírus, normalmente correspondem a sequelas motoras e não tem cura. Assim, as principais sequelas da poliomielite são:

  • Problemas e dores nas articulações;
  • Pé torto, conhecido como pé equino, em que a pessoa não consegue andar porque o calcanhar não encosta no chão;
  • Crescimento diferente das pernas, o que faz com que a pessoa manque e incline-se para um lado, causando escoliose;
  • Osteoporose;
  • Paralisia de uma das pernas;
  • Paralisia dos músculos da fala e da deglutição, o que provoca acúmulo de secreções na boca e na garganta;
  • Dificuldade de falar;
  • Atrofia muscular;
  • Hipersensibilidade ao toque.

As sequelas da poliomielite são tratadas através de fisioterapia, por meio da realização de exercícios que ajudam a desenvolver a força dos músculos afetados, além de ajudar na postura, melhorando assim a qualidade de vida e diminuindo os efeitos das sequelas. Além disso pode ser indicado o uso de medicamentos para aliviar as dores musculares e das articulações.

 

Tratamento

Não existe tratamento específico, todas as vítimas de contágio devem ser hospitalizadas, recebendo tratamento dos sintomas, de acordo com o quadro clínico do paciente.

Viajantes

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde recomenda a vacinação dos viajantes, conforme a situação vacinal de cada pessoa, quando forem se deslocar para países com baixa cobertura vacinal contra poliomielite e circulação de poliovírus selvagem e/ou derivado da vacina.

Embora não existam recomendações temporárias específicas para os viajantes de países livres da poliomielite, como o Brasil, aqueles que viajam para países afetados pela doença são aconselhados a atender às recomendações de vacinação preconizadas pela OMS. No Brasil, o esquema vacinal do Calendário Nacional de Vacinação é composto por três doses da vacina inativada (VIP), aos dois, quatro e seis meses de idade, e dois reforços com vacina oral (VOP) aos 15 meses e aos 4 anos de idade.
O Brasil recomenda ainda, a emissão do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia para a última dose da vacina contra a poliomielite, a todo viajante residente no país. Esse certificado é emitido nos Centros de Orientação a Saúde do Viajante da ANVISA e credenciados.

 

Profissionais e gestor de saúde

Os profissionais de saúde devem ficar atentos a possíveis novos casos da doença no Brasil. O monitoramento da ausência de circulação de poliovírus selvagem no país é feito a partir da vigilância das Paralisias Flácidas Agudas (PFA). Todo caso de PFA em menores de quinze anos, independente da hipótese diagnóstica, deve ser notificado, investigado imediatamente.

A notificação é feita pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). É necessária coleta de uma amostra de fezes até o 14º dia do início do déficit motor para isolamento viral e esclarecimento diagnóstico. É preciso, ainda, realizar reavaliação neuromuscular (revisita) para avaliação de sequela neurológica aos 60 dias do início da deficiência motora, e ser encerrado no sistema em até 60 dias após a notificação.

A PFA é avaliada com base nos seguintes indicadores de desempenho operacional:
1) Taxa de notificação;
2) Investigação epidemiológica em até 48 horas;
3) Coleta de uma amostra oportuna de fezes e;
4) Proporção de notificação semanal negativa/positiva.
Exceto a taxa de notificação, que é de no mínimo (1 caso/100.000 < 15 anos), para os demais indicadores a meta mínima esperada é de 80%.

 


 

Fonte: Portal Saude

Post inserido por Codecanyon.net.br

 

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