Especialista em infectologia destaca que pessoas doentes podem transmitir o vírus antes mesmo de a vermelhidão aparecer; para correta imunização, Rachel Stucchi ressalta importância da 2ª dose.
Como a transmissão ocorre antes mesmo de os sintomas aparecerem, a especialista acredita que possam surgir mais ocorrências antes que o bloqueio vacinal realizado no local do surto tenha efeito.
“Podem ter novos casos no período de 10 dias após a imunização. Quem está doente, já passa a doença antes mesmo de aparecer a vermelhidão. Seis dias antes”, explica.
Professora da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp e membro do Comitê de Imunizações da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Rachel acredita que os longos anos sem a doença causaram um certo “relaxamento”, de pais e também de médicos.
A falta de contato com o vírus seria uma das explicações para a queda na cobertura vacinal, além de movimentos antivacina.
“Muitos médicos novos nunca viram sarampo. Com isso, o medo da doença diminui. Acredito que falte insistência da parte médica de reforçar a importância da vacina contra o sarampo e outras doenças que não vemos mais”, opina.
Eficaz
Segundo a especialista, a vacina é eficaz desde que aplicada conforme as recomendações – pessoas com até 29 anos devam tomar duas doses. Já dos 30 aos 59 anos, a recomendação é de dose única.
Com apenas uma imunização, há a possibilidade de “falha primária” onde a proteção pode ficar entre 90% e 95%.
“Com a segunda dose, ficamos próximo a 100% de proteção. O Brasil tem cobertura vacinal da primeira dose, mas a segunda não chega a 70%, apesar de oferecida na rede pública”, conta.
Em Campinas, a prefeitura destaca que no ano de 2018 a cobertura vacinal da 1ª dose em crianças contra o sarampo ficou em 98,15%; a 2ª dose foi de 95,06%.
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Fonte: G1
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