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Sarampo em Campinas: médica da Unicamp alerta para novos casos e importância da 2ª dose da vacina

Especialista em infectologia destaca que pessoas doentes podem transmitir o vírus antes mesmo de a vermelhidão aparecer; para correta imunização, Rachel Stucchi ressalta importância da 2ª dose.

A confirmação de quatro crianças com sarampo em uma creche na região do DIC VI, em Campinas (SP), ligou o alerta sobre a importância do combate à doença que não tinha o registro de casos autóctones no município desde 1997. Para a médica da Unicamp, Rachel Stucchi, o reaparecimento do vírus está relacionado com a baixa cobertura vacinal, que “deixou muita gente suscetível”.

Como a transmissão ocorre antes mesmo de os sintomas aparecerem, a especialista acredita que possam surgir mais ocorrências antes que o bloqueio vacinal realizado no local do surto tenha efeito.

“Podem ter novos casos no período de 10 dias após a imunização. Quem está doente, já passa a doença antes mesmo de aparecer a vermelhidão. Seis dias antes”, explica.

Professora da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp e membro do Comitê de Imunizações da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Rachel acredita que os longos anos sem a doença causaram um certo “relaxamento”, de pais e também de médicos.

A falta de contato com o vírus seria uma das explicações para a queda na cobertura vacinal, além de movimentos antivacina.

“Muitos médicos novos nunca viram sarampo. Com isso, o medo da doença diminui. Acredito que falte insistência da parte médica de reforçar a importância da vacina contra o sarampo e outras doenças que não vemos mais”, opina.

Eficaz

Segundo a especialista, a vacina é eficaz desde que aplicada conforme as recomendações – pessoas com até 29 anos devam tomar duas doses. Já dos 30 aos 59 anos, a recomendação é de dose única.

Com apenas uma imunização, há a possibilidade de “falha primária” onde a proteção pode ficar entre 90% e 95%.

“Com a segunda dose, ficamos próximo a 100% de proteção. O Brasil tem cobertura vacinal da primeira dose, mas a segunda não chega a 70%, apesar de oferecida na rede pública”, conta.

Em Campinas, a prefeitura destaca que no ano de 2018 a cobertura vacinal da 1ª dose em crianças contra o sarampo ficou em 98,15%; a 2ª dose foi de 95,06%.

 

 

Assista a reportagem: https://globoplay.globo.com/v/7785243/

 


 

Fonte: G1

*post inserido neste site por CodecanyonNetBr

 

 

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