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TESTE DA ORELHINHA

A triagem auditiva neonatal é realizada por um teste chamado otoemissões acústicas. É obrigatório por lei desde agosto de 2010, ou seja, o bebê deverá realizar, gratuitamente, o teste antes de sair da maternidade ou preferencialmente antes do primeiro mês de vida. Não doí ,é rápido e feito com o bebê em sono natural ou quieto. Uma sonda é colocada dentro do ouvido do bebê, a qual emite e capta um som resultando em positivo (passa no teste) ou falha (não passou no teste). Sua importância é grandiosa, pois irá realizar a triagem dos bebes no intuito de identificar aqueles que apresentam perda auditiva. Sua ocorrência é em torno de 5 para cada 1000 bebes nascidos vivos. Isto é mais comum que as doenças que são identificadas pelo teste do pezinho.

Segundo o manual do Ministério da Saúde de 2015, caso o bebê passe no teste e não tenha fatores de risco, o bebê está de alta da triagem. Caso ele não passe, a sugestão é que faça o teste novamente. Se o bebê apresenta fatores de risco, ele deverá ser encaminhado para um médico otorrinolaringologista para uma avaliação e realizar um outro teste chamado BERA (PEATE). Este teste também é muito simples. Funciona como um “eletro da cabeça”. São colocados eletrodos na cabeça do bebê, também dormindo e indolor. Este teste serve para dar continuidade na investigação da triagem auditiva. Caso seu bebê não passe no teste da orelhinha, não significa que ele é surdo. Cuidado e tenha calma, procure um médico que possa lhe informar os próximos passos. Agora o contrário, caso for confirmada a perda da audição, a criança deverá ser acompanhada por uma equipe multidisciplinar como médicos, fonoaudilógos, psicologos que iniciarão o processo de reabilitação auditiva de acordo com cada caso.

O importante é o acompanhamento do seu filho com outros sinais da audição. Se ele responde aos estímulos sonoros, reage aos barulhos intensos como som de carro ou buzina, localiza o som, vira a cabeça ao som ou quando é chamado, a criança está desenvolvendo a linguagem. O mais importante é acompanhar os marcos de desenvolvimento e linguagem da criança para sua faixa etária, pois um exame normal não indica que sua audição será boa para sempre. Qualquer dúvida procurar um médico otorrinolaringologista.

Indicadores de risco para surdez de acordo com o Join Committee on Infant Hearing (2007):
– Preocupação dos pais com o desenvolvimento da linguagem,atrasos ou fala inadequada;
– História familiar de deficiência auditiva;
– Infeções congênitas dentre elas: Toxoplasmose, Rubeola, Citomegalovirus,sífilis e herpes;
– Alterações crânio-faiciais como mal formações no ouvido ou ossos da face;
– Síndromes associadas a perda auditiva como
– Infeções associadas a perda auditiva como varicela e meningite;
– Ter permanecido na UTI quando nasceu sendo necessário Ventilação mecânica(intubação) por mais de 5 dias;
– Baixo peso ao nascimento (menor que 1500g);
– Ictericia no nascimento com necessidade de transfusão;
– Uso de medicamentos ototóxicos como alguns antibióticos;
– História de trauma na cabeça que necessitou de internação;
– Quimioterapia;
– Síndromes conhecidas que cursam com disacusia como neurofibromaose, Síndrome Alport, Pendred entre outras;
– Doenças neirodegenerativas como ataxia de Friedreich e Síndrome Charcot-Marie-Tooth.

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Fonte: Diretrizes de Atenção da Triagem auditiva neonatal. Cartilha do ministério da saúde. Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde www.saude.gov.br/bvs . PortalPed.

*Este artigo é padrão para simples entendimento, com base em pesquisas. E não exclui a necessidade de orientação e acompanhamento de um profissional, por isso, sempre que apresentar algum problema, sintoma e dúvida, consulte o pediatra para uma melhor avaliação.

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